quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Equilíbrio.

Amor e ódio. Felicidade e tristeza. Amizade e desprezo. Confiança e receio. Gratidão e indiferença. Desilusão e surpresa. Não é por acaso que somos considerados o ser mais complexo, e emocionalmente instável que existe, capaz de provocar todo o tipo de emoções aos seus pares através da interacção social. Tudo começa cedo, quando mal aprendemos a andar , e está assente numa base comum a qualquer um de nós: a existência ou ausência de uma educação adequada.

Como tudo o que é demais dá conta errada, também a educação deve ser ponderada e equilibrada, pois os extremos, raramente dão bom resultado. Numa educação superprotectiva, existe o risco de se criar uma personalidade emocionalmente frágil, com tendências introvertidas, com pouca iniciativa, na generalidade sem auto-confiança e a viver no limiar da depressão.

No lado oposto está a ausência de educação ou a falta de atenção (educação demasiado permissiva), que vai originar personalidades violentas, inclinadas para a sociopatia, isto é, com transtornos anti-sociais, e nos casos mais extremos, a psicopatia que pode levar a comportamentos perversos e neuróticos, que são na sua generalidade de cariz sexual.

Os relacionamentos equilibrados são aqueles que maior resultado dão na formação humana, criando perfis justos, auto-confiantes, criativos e independentes, mas na sua componente mais importante, com uma capacidade maior para interagir com os outros, criar boas relações e tirar um grande proveito emocional das mesmas.

É inevitável dizer que todos nós (ou quase todos) um dia tivemos a tendência para cair num dos lados da balança, mas fomos capazes de carregar as adversidades em cima dos nossos ombros e suportar o equilíbrio (há quem aguente esse peso durante toda a sua vida). Porque a educação é a base, mas as relações e a personalidade que dela provêem somos nós que as construimos. A vida não é fácil.

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