quinta-feira, 24 de março de 2011

Crise de deveres.

Face á gravíssima crise politico-financeira que ao longo dos meses se tem vindo a agravar no nosso país, tendo culminado com o chumbo da oposição parlamentar ao PEC4 e consequente pedido de demissão do Primeiro Ministro de Portugal, a qual conduzirá a um cenário de eleições antecipadas (lá para o principio do Verão, que conveniente), dei por mim á procura das minhas próprias soluções de combate aos tempos que se avizinham e de como irei suportar o efeito recessivo, sem perder qualidade e estilo de vida.

Como é sabido, o ordenado não estica, e sendo eu um trabalhador precário, as condições não são as melhores. Sem direito a qualquer tipo de subsidio (férias e 13º mês), e em caso de despedimento (neste caso, considere-se “dispensa”), nenhum ressarcimento por estar desempregado, a situação agrava-se. Num país onde a oferta de trabalho (porque são poucos os que se podem gabar de ter um emprego) é feita á condição do empregador, a solução passa por nos deixar-mos submeter á vontade da hierarquia e aceitar o que surge com o receio de não conseguirmos “agarrar” mais nada, criarmos o nosso próprio posto de sustento num mercado não sobrelotado mas sim viciado, ou cometer a “cobardia” de tentar a sorte no estrangeiro e contribuir ainda mais para esta fase(?) negativa na qual estamos encarcerados.

Sendo sabido que a percentagem de abstencionistas nas ultimas eleições legislativas (2009) atingiu o valor recorde de cerca de 40%, acredito que valerá a pena o sacrifício de perder umas umas horas de sol de um Domingo, para exercer aquela que é a nossa maior vitória enquanto cidadãos livres e acima de tudo o nosso maior dever democrático enquanto cidadãos deste País. Seja qual for a nossa “cor” politica, quero acreditar que todos nós ainda nos sentimos portugueses o suficiente para todos juntos, e sem dar olhos e ouvidos a demagogos, conseguirmos dar a volta por cima.

Pois têm sido estas mesmas demagogias que maior prejuízo nos têm trazido, levando os mais fracos a acreditar em falsas profecias, que apenas trazem beneficio para quem as profere. Vamos entrar de novo em época de campanha eleitoral (ainda não refeitos da ultima), onde serão novamente gastos mundos e fundos para cíclica e repetidamente sermos embalados no canto da sereia. Que tudo seja efectuado com bom senso e que não se caía em actos inconsequentes, como algumas manifestações de há bem pouco tempo. Porque ser irreverente não chega.

P.S.: Há pouco, tive acesso a uma sondagem da TSF com os seguintes resultados: PSD 47%; PS 25%; BE 9 %; PCP 7%; PP 6%. Quero acreditar que neste momento os portugueses estejam suficientemente bem esclarecidos em relação ás suas opções, pois delas depende o meu destino e o vosso.

Sem comentários:

Enviar um comentário